terça-feira, 3 de maio de 2011

O maior ato de adoração é viver em paz com sua consciência.



De que adianta toda comoção e adoração se tudo não passa de encenação para aliviar um pouco a culpa que se sente por ser tão moralmente repreensível diariamente? De que serve beijar uma estátua ou um pedaço de papel pintado se não honramos com nossas palavras e pensamentos as coisas que eles deveriam representar?

O que mais vemos hoje em dia são falsos moralistas conjurando amores e louvações em línguas que dizem que só os anjos podem entender quando na verdade não dizem nada, ao menos nada verdadeiro.

Durante muitos anos estudei sobre história, sociologia, o espaço e a função da religião no cotidiano da humanidade e sua evolução através do contexto social e suas mudanças. Percebi que religião, mesmo que falsa ou simplesmente para manter um status social, é necessária. Uma pena não agirem conforme falam, aí sim seria um avanço para nossa sociedade.

Não quero ofender ninguém, mas também não me preocupo se o fizer. Apenas os puritanos (são os piores) se ofenderiam com alguém clamando por verdade onde só se enxerga mentira, dissimulação e falta de caráter. Também não sou exemplo de virtude e nem quero seguidores. Apenas sinto que minha indignação não deve se restringir ao meu quarto.

Respeito a crença de todos. Quer dizer, quando vejo que existe crença e não simplesmente adoração desenfreada por símbolos da uma igreja fálica, hipócrita e que faz de tudo para não perder seus fiéis e seus obrigatórios dízimos.

Dízimos que voltaram a ser obrigatórios em 1969 quando o governo viu que a igreja abusava de seus fiéis. Bento XVI modificou o quinto mandamento da igreja para que cada um contribuísse segundo sua possibilidade. E originalmente o dizimo eram as oferendas aos deuses para que as colheitas viessem boas ou que os animais não adoecessem. Posteriormente foram culturalmente transformados em assistência aos necessitados e mais tarde o olho grande resolveu morder 10% do que os fiéis ganhavam.

Não adianta passar o dia julgando os outros, proferindo belas palavras e cantorias, entoando citações da Bíblia e trair seu cônjuge, maltratar seus filhos, roubar na empresa, amaldiçoar os outros por terem competência de conseguir a promoção que você não foi capaz e por aí vai...

O verdadeiro Cristão não adora, ele tem fé. O maior ato de adoração é viver em paz com sua consciência.

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