quarta-feira, 27 de abril de 2011

Thin ice


Percebi que as pessoas realmente não são programadas para serem felizes. Já falei sobre isso aqui antes então farei apenas um breve relato das coisas que observei ultimamente em vários apontadores que me ajudam a medir a quantas andam os relacionamentos das pessoas e que mudança podemos esperar nos próximos capítulos...

Quando digo que as pessoas não sabem ser felizes me refiro ao fato de que a modernidade as faz perder rapidamente o interesse por aquilo que conquistaram. Parece que a felicidade não é duradoura, que nunca pode ser eterna. Para isso peço que setorizem e separem felicidade em vários estágios, ou melhor, seções.

Existe si uma felicidade geral, que engloba todas as outras. Mas essa e raramente é alcançada ou percebida como tal.

Digo felicidade nos diversos pontos onde ela pode se apresentar na sua vida. Nas relações amorosas, de trabalho, amizades, com objetos também, por que não? Me parece que as pessoas cansam das coisas e o interesse vai sumindo pouco a pouco até que algo as faça ter aquele brilho nos olhos novamente. Possivelmente não tenha nada de errado com isso. Talvez eu seja o estranho que sabe as coisas boas que tem e preserva cada uma delas o máximo possível sempre olhando com o brilho nos olhos cada vez que as vê.

As pessoas tornam-se impaciente sempre querendo mais ou esperando que aquilo lhes proporcione mais alegria do que originalmente havia sido construído para. É uma situação complicada pois à partir do momento em que se perde a noção do valor perde-se também a consideração pelo objeto, pessoa ou situação até então amada. E como fica ao outra parte?

A felicidade depende do modo que você enxerga as coisas. Simples assim.

Talvez você queira mais do que pode ter no momento. Quem sabe não procura diamantes entre os cubos de gelo? O gelo derrete, deixando apenas você com suas frustrações e jurando nunca mais tocar em outra pedra de gelo. Mas que culpa o gelo tem se você enxergou o que queria e não o que eles eram de verdade?

Um comentário:

Suzan Marina disse...

É isso ai...as pessoas esquecem do início, daquele sentimento inebriante e passam a almejar o que não tem. Esquecem que tudo aquilo já foi sentido uma vez pela pessoa/situação/objeto...

...mas simplesmente querem trocar.