quarta-feira, 24 de novembro de 2010
A parábola do pavão...
O pavão abre sua plumosa cauda buscando cobrir sua vergonha e desviar a atenção daquilo que o torna frágil e vulnerável. Ele acha que assim pode enganar a todos e continuar vivendo em seu mundinho de ilusão onde ele é lindo e superior aos outros animais.
Seu complexo de inferioridade tem bases sólidas e parece que ele nada pode fazer para dissolvê-las. Sua vida inteira foi cercada pela vergonha que sente de si mesmo. Ao confrontar-se com o mundo real onde cada animal possui suas próprias qualidades e beleza tudo pareceu se amplificar ao máximo. Cada sentimento negativo, cada medo, todo sentimento bom fora suprimido pela revolta da sua ignorância.
E a cada dia uma montanha de ressentimentos e desilusões enterrava ainda mais a beleza da pobre ave. Ao invés de luta para mostrar o que a natureza havia lhe dado preferiu alimentar o ressentimento por tudo aquilo que lhe havia sido negado. Sendo que na verdade cada animal tem seu valor e suas peculiaridades. Cobiçar o que é do próximo é um pecado anti-ético, imoral e fere o código de ética que existe implícito entre dois animais.
Por mais que o pavão encante ao abrir suas plumas ao olharmos de perto percebemos que ele não passa de uma ave vazia, fútil e de pés feios...
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