quinta-feira, 22 de abril de 2010

Por que a gente é assim?



Bem, ou não tão bem assim, mas ainda assim...

Vamos ser diretos, admito que é uma raridade por aqui pois prefiro dar liberdade às pessoas para que interpretem e retirem o que melhor lhes convir do que decido compartilhar como o mundo, então vamos lá...

Sou uma pessoa que adora pessoas, que adora conhecer pessoas, conversar com pessoas, fazer novas amizades, abraçar pessoas, beijar pessoas, ver pessoas, ser visto por pessoas e ajudar pessoas. Por isso muitas pessoas fazem parte do meu mundo e eu faço parte do mundo de um número muito maior de pessoas. Pessoas que nem conheço. Que me vêm no trabalho, e como parte do trabalho é criar intimidade com pessoas, interpretam isso como alguma forma maior de intimidade.

Logo, sentem-se confortáveis para debater sobre minha peculiar existência em suas rodas de conversas. Não estou criticando isso, pois aprendi a lidar com a "fama" e a falta de privacidade que isso traz desde moleque junto com meus companheiros da Faraway. Acho até muito divertido e saudável, já que meu trabalho deve ser reconhecido pelas pessoas e elas precisam associar um rosto ao que ouvem ou curtem. Até aí falamos de Show Business, nada demais.

Junto com as pessoas que curtem o seu trabalho existem aquelas que estão pouco se fudendo para o que você faz, mesmo que você gaste uma note de equipamentos para ter o som certo, horas de estudo para executar as músicas da melhor maneira possível, horas aprendendo novas canções e trabalhando o marketing da banda e horas (essa é a melhor parte) ampliando o network. Elas simplesmente focam em quem acham que você está saindo, namorando, ficando, comendo ou enganando.

Baseiam-se na magnífica ciência do "achismo" e publicam suas teorias furadas sem importar-se com as consequências. Magoam pessoas que não estão acostumadas com o lado podre da fama (imagina quando eu for alguém de verdade) e complicam coisas já bastante complexas por suas naturezas. E isso sim acho sacanagem.

Tudo isso foi uma introdução para que entendam um pouco dos bastidores de toda alegria e diversão que com muito prazer e profissionalismo venho levando aos palcos por onde passo nesses quase vinte anos de história musical em Santa Catarina e no sul do Brasil.

Eu me reservo ao direito de não expor minha vida particular, meus sentimentos mais profundos ou relacionamentos por uma série de razões, os deturpadores da verdade são apenas uma delas. Pessoas que aumentam, inventam e envenenam simplesmente para se sentirem menos vazias e solitárias já que não possuem nada verdadeiramente seu.

Por isso tenho andado off-line. Não sou arroz de festa. Me reservo ao direito de ir nas baladas mais bacanas, com pessoas que vão curtir ao meu lado e fazer bagunça. Que me gostam pelo que sou, do modo que sou e com o que posso oferecer, nada mais que isso.

Gosto de proteger os meus. Tento fazer com que suas vidas sigam sem minha interferência ou de qualquer coisa que faço. Não preciso de fofocas, disse-que-disse, papos de MSN ou e-mails, e muito menos ligações onde o assunto seja minha vida amorosa, sexual ou espiritual. Que falem da minha música, do disco que estamos compondo, dos projetos, da alegria dos shows ou como podem tentar fazer desse mundo um lugar melhor.

Aprendi a me defender da maldade alheia, mesmo que às vezes ela venha de surpresa e de onde menos espero, infelizmente as pessoas ao meu redor não. Isso sim irrita. 

Engraçado é que jogamos a isca e os mesmos imbecis mordem sempre... Basta plantar um mentirinha e esperar para ver por qual cano ela sai, daí sabemos qual o nome da boca de esgoto...

E é melhor parar por aqui...

Um comentário:

Suzan Marina disse...

O pior é que isso já é normal para as pessoas. Para os desocupados que estão mais preocupados com a vida alheia do que com a sua própria vida.
Infelizmente é assim mesmo...e o máximo que podemos fazer é deixar entra por um ouvido e sair pelo outro. Ter preocupação com quem se preocupa com a gente também...o resto é resto! ;)

beijo
:**