segunda-feira, 19 de julho de 2010

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O destino não permite que o cinza torne-se mais claro. Insiste em jogar tons escuros pelas brechas da sua alma. Sentado na pedra mais alta apóia suas mãos em sua espada e sua cabeça em suas mãos. Ao longe não consegue ver muita coisa. Os ultimo embates foram fortes e violentos. A escuridão sabe que reside dentro dele, assim como a luz. Também sabe que existe uma área cinzenta totalmente nova onde os conceitos se misturam e as linhas entre o certo e o errado se cruzam e criam espaços totalmente inexplorados por ambos os lados. O cinza ainda é um mistério, e a cada dia ocupa mais lugar.

A luz e a escuridão assistem enquanto o cinza toma conta e desnorteia os sentidos de nosso valoroso guerreiro. A vontade latente é de dirigir sua espada a tudo em seu caminho até que memória alguma sobre para atormentar seu espírito. Quem sabe assim limpando o passado possa existir um futuro mais claro e seguro para todos. Do outro lado a luz se cala. Sabe que existe o momento de falar e também o de dar voz a quem precisa se expressar.

Ele enxerga em perspectiva os fatos que o levaram ao alto desse monte e percebe brumas encobrindo alguns deles. E até que elas desapareçam ele sabe que nada pode fazer a não ser sentar e esperar...

Do outro lado do seu reino sente-se um leve movimento na superfície do lago...

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