terça-feira, 13 de julho de 2010

Desapego

Às vezes o mais difícil é fazer o mais fácil. Simplesmente somos incapazes de nos desfazermos de algumas coisas, mesmo que saibamos que não nos pertencem ou não cabe mais em nossas vidas. Nos apegamos a sentimentos, lembranças, objetos e pessoas. Esquecemos que não nos pertencem, que tudo está apenas de passagem em nossas vidas. Elas chegam, desfrutam o seu tempo da maneira que for possível e partem nos deixando sempre algo em seu lugar. Esse algo não deve possuir sombras, senão não vale à pena guardar.

Precisamos ocupar nossos espaços com coisas boas. Abrir as janelas e deixar a luz entrar. Iluminar os cantos e fazer que nossa casa seja conhecida pela luz que carrega, não pela sombra que faz.

Achamos que deixar partir requer muita força. Em alguns casos a força demandada é quase sobre-humana, quando não o é. Em outros casos nos preparamos com toda força do mundo e percebemos que quando decidimos deixar ir não é necessária força alguma, simplesmente querer que se vá.

Alívio. É a palavra. Voltamos a ter o controle, deixamos de ser controlado por aquele sentimento de apego desmedido e incoerente. Isso chama-se seguir em frente. Me agrada quando tenho epifanias como essa.

Bom final de terça para todos.

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