quinta-feira, 26 de agosto de 2010

The island

O perigo de construirmos uma ilha é que se nos distanciarmos demais da costa nenhuma ponte poderá nos alcançar. Talvez essa seja a saída para alguns. Talvez essa seja a saída para aqueles que entenderam o jogo. Talvez seja uma fuga. Ou quem sabe um verdadeiro encontro de si mesmo. Se ninguém entrar não haverá ninguém para sair. Não haverá ninguém para trair a confiança ou faltar com a palavra. Ninguém provará que suas desconfianças eram na verdade seu sexto sentido apitando diante do perigo iminente. Não haverá culpa por nada que você possa fazer ou que tenha feito.

Nesta ilha existe um buraco, negro como a noite. Fica no cume da montanha mais alta. Lá onde os olhos não podem alcançar. Ao redor dele pode-se sentar e atirar rumo à escuridão as coisas que cobertas por espinhos rolam em seu coração e sua mente. Um buraco negro que consome avidamente as coisas que te fazem mal e que insistem em voltar quando a noite cai.

E a noite cai todos os dias...

Nenhum comentário: